A escravidão esteve presente no continente
africano muito antes do início do comércio de escravos com europeus na costa
atlântica.
Desde por volta de 700, "prisioneiros
capturados nas guerras santas que expandiram o Islã da Arábia pelo norte da África e através da região do Golfo Pérsico"
eram vendidos e usados como escravos. Durante os três impérios medievais do
norte da África (séculos X a XV), o comércio de escravos foi largamente
praticado.
Lovejoy apresenta o conceito de modo
de produção escravista (de
E. Terray) como fundamental para uma compreensão mais completa do funcionamento
político, econômico e social da África -
e também das colônias portuguesas nas Américas. Segundo sua definição, o modo
de produção baseado na escravidão é aquele em que predominam a mão de obra
escrava em setores essenciais da economia; a condição de escravo no mais baixo
nível da hierarquia social; e a consolidação de uma infraestrutura política e
comercial que garanta a manutenção desse tipo de exploração.
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