O mundo muçulmano foi,
originariamente, árabe. Durante a Antiguidade, a Arábia não fez parte do
contexto mediterrâneo, mas ligava-se aos grandes centros políticos e econômicos
por meio do comércio e confrontava-se tanto com o Império Romano como com a Pérsia.
Na formação do Império Muçulmano podem ser reconhecidas duas grandes etapas a
partir de sua origem no século VII: predomínio dos árabes, até o século XI, e
grande diversificação étnica com domínio dos turcos, do século XI ao XV. A
maioria da população muçulmana vivia da agricultura e da pecuária. A grande
atividade econômica do império, no entanto, foi o comércio.
Artigos de luxo,
transportados em embarcações ou caravanas de mercadores, passaram a circular
mais intensamente, sobretudo através do Mediterrâneo. Tapetes, veludos, sedas,
porcelanas, perfumes, jóias, armas cinzeladas, vasos de vidro e de metais
(cobre, prata, ouro etc.)
O desenvolvimento mercantil acarretou o crescimento das
manufaturas e do comércio realizado com dinheiro (finanças). As condições
econômicas davam às cidades prevalência sobre o campo. A civilização muçulmana
foi, durante o chamado período medieval, eminentemente urbana. A expansão da cultura muçulmana (do século VIII ao XI)
deveu-se sobretudo à difusão da língua árabe, que substituiu o grego e o
siríaco, tornando-se, assim, ao lado da religião, um elo em meio à diversidade
muçulmana.
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